A intensa procura da população pela vacina contra o vírus influenza H1N1 deixou os centros e postos de saúde, em Salvador, com baixo estoque das doses do imunobiológico. Doiane Lemos, coordenadora do setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS), contou ao A TARDE que o Instituto Butantan, laboratório responsável em produzir a vacina, está liberando os lotes aos poucos.
Na Bahia, já foram confirmados 38 casos da gripe, dentre os quais 11 levaram os pacientes a óbito. A Secretaria Municipal de Saúde de Teixeira de Freitas (a 807,7 km de Salvador) divulgou, na tarde desta quarta-feira, 27, o 11º paciente a morrer em virtude do vírus, um menino de seis anos de idade. Esta foi a segunda morte naquele município.
Nesta quarta, o Ministério da Saúde (MS) lançou a campanha nacional de mobilização contra a gripe, que será realizada no dia 30 de abril - Dia D -, em todo o país. Em Salvador, a campanha será suspensa, somente neste dia, por falta da vacina, mas a imunização prossegue até 30 de maio.
Segundo o Ministério da Saúde, o público-alvo a ser atingido na Bahia é de 3.268.957 e a quantidade de doses distribuídas à população será de 3.499.700.
Doiane Lemos informou ainda que 95% das unidades de saúde de Salvador estavam sem vacina, nesta quarta. Entretanto, até o final da tarde desta quarta, 262 mil pessoas já haviam sido imunizadas. Os postos saúde Profº Clementino Fraga na Av. Centenário, Dr. Adriano Pondé, em Amaralina, Pronto Atendimento Edson Teixeira, em Pernambués e o Centro de Saúde de Engomadeira estão sem a medicação.
Mais casos - A médica cubana Clara Marcela Fonseca, 52, e uma garota de 12 anos residente na zona rural de Bom Jesus da Lapa (77 km de Salvador) foram diagnosticadas no Hospital Municipal Carmela Dutra com sintomas semelhantes aos da gripe H1N1. Elas forame transferidas preventivamente para o Hospital do Oeste (HO), em Barreiras, na noite de terça-feira. Na mesma data foi confirmado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) que a médica cubana Clara Elisa Gonzales Mendes, falecida 19 de abril, estava com a gripe H1N1.
As duas médicas cubanas eram colegas de trabalho desde 2013, quando chegaram em Bom Jesus da Lapa em uma equipe de cinco profissionais cubanos para atuar pelo programa federal Mais Médicos. Desde que Clara morreu, a colega e outras pessoas que tiveram contato com ela começaram tratamento para combater o vírus. Na terça pela manhã, Clara Marcela apresentou problemas respiratórios e foi internada. O secretário da Saúde de Bom Jesus da Lapa, Marcelio Magno, disse que a menina não teve contato com as médicas antes de ser internada na segunda-feira com crise respiratória. (As informações do A Tarde)
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