A comissão do impeachment eleita, nesta segunda-feira, 25, no Senado não possui nenhum dos três senadores baianos, que são contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff. O que chegou mais perto foi Otto Alencar (PSD), suplente do bloco "Democracia Progressista" formada pelo PP/PSD.
"Mesmo assim, consegui (a suplência) no grito" contou Otto, explicando que os integrantes desse bloco eram majoritariamente a favor de Dilma até a votação da admissibilidade do impeachment na Câmara dos Deputados.
"A partir daí houve uma reversão e dos dez senadores desse bloco somente eu continuo com minha posição contra o impedimento". Os três titulares do "Democracia Progressista" são Ana Amélia (PP-RS), José Medeiros (PSD-MT) e Gladson Cameli (PP-AC). Otto lembrou que o PP fechou questão a favor do impeachment, mas o PSD liberou seus parlamentares. Ele, junto com o ex-petista Walter Pinheiro (sem partido), assinou requerimento rejeitado nesta segunda pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) de incluir o nome do vice-presidente Michel Temer no processo de impeachment.
"Desfaçatez" - "Temer assinou quatro dos decretos que foram usados como motivo para o processo do impedimento da presidente", declarou Otto. O senador voltou a criticar a postura de Temer. "É muita desfaçatez um vice que conspira para derrubar a presidente e, enquanto a questão do impeachment tramita no Congresso, trabalha para compor seu governo. Qual a credibilidade que ele terá para governar? Vivemos no imponderável sem saber se a troca de presidente será melhor ou pior para o País".
A senadora Lídice da Mata (PSB) estava nesta segunda em Montevidéu, participando do ParlaSul. Pinheiro esteve nesta segunda em Salvador num evento com o governador Rui Costa (PT). Explicou que defende eleição antecipada para presidente para o Brasil sair da crise. "Eu sou um dos proponentes da PEC que trata da questão de eleições. É eleição para presidente. Nós estamos defendendo que a solução para este momento de crise não é um processo fechado, ou seja, nós tivemos uma chapa eleita. Portanto, o consórcio Dilma-Temer foi um consórcio inclusive de coalização PT-PMDB. Então, os dois são responsáveis pelo que nós estamos vivendo. E o correto seria submeter à população para que ela pudesse escolher um novo governante para o país. Então, não num método extremamente delicado ou de continuidade de um ou até de ascensão do outro".
Na visão de Pinheiro "se os dois juntos não conseguiram fazer, imagine agora partidos, separados. Pinheiro não deve votar sobre a admissibilidade do processo no Senado pois vai assumir o Secretaria de Educação do estado. Quem vai assumir sua vaga é o suplente Roberto Muniz (PP) que está na iniciativa privada e pediu prazo de 15 dias para resolver alguns problemas. (As informações do A Tarde)
Nenhum comentário:
Postar um comentário