Morreu no final da tarde desta segunda-feira (22) o jornalista Geneton Moraes Neto, vítima de um aneurisma dissecante na aorta. Também escritor, Geneton estava internado desde maio na Clínia São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. O velório será nesta quarta-feira (24), das 8h às 13h, no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio. O jornalista atuava na área há 40 anos, passando pelo Diário de Pernambuco, sucursal Nordeste do Estado de S.Paulo, Rede Globo Nordeste, Rede Globo Rio; foi editor-executivo do Jornal da Globo e do Jornal Nacional, correspondente da Globo News e do jornal O Globo em Londres, repórter e editor-chefe do Fantástico. Geneton apresentava o programa Dossiê e mantinha um blog no G1, atualizado até abril de 2016.
Por um período de sua carreira, passou uma temporada em Paris, onde trabalhou como camareiro, motorista e estudo cinema na Universidade Sorbonne. Geneton também era escritor e publicou oito livros de reportagem e entrevistas. Natural de Pernambuco, Geneton entrevistou seis presidentes da República, três astronautas que pisaram na Lua, os prêmios Nobel Desmond Tutu e Jimmy Carter, os dois militares que dispararam as bombas sobre Hiroshima e Nagasaki, a mais jovem passageira do Titanic e o assassino de Martin Luther King.
De acordo com o G1, o jornalista também produziu documentários, como 'Canções do Exílio', exibido no Canal Brasil, com depoimentos de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Mautner e Jards Macalé, sobre o período que moraram em Londres; e 'Garrafas ao Mar: a Víbora Manda Lembranças, com entrevistas que ele gravou nos 20 anos de convivência com o jornalista Joel Silveira, um dos maiores repórteres brasileiros. Em 2012, Geneton recebeu a Medalha João Ribeiro, concedida anualmente pela Academia Brasileira de Letras (ABL) a personalidades que se destacam na área da cultura.
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