domingo, 4 de setembro de 2016

APÓS LIMINAR, BAIANO SEGUE USANDO FARÓIS NAS RODOVIAS

Neste sábado, 3, primeiro dia após a Justiça Federal de Brasília proibir a aplicação de multas a motoristas que dirigem com faróis desligados durante o dia nas rodovias, motoristas baianos seguiam obedecendo à regra antiga, estabelecida pela Lei Federal nº 13.290/2016.

Na BR-324, via que liga a capital a municípios da Grande Salvador, como Camaçari e Amélia Rodrigues, a maioria dos carros de passeio e caminhões estava com faróis acesos. Vários motoristas pararam no posto da Polícia Rodoviária Federal na Bahia (PRF-BA), na altura de Simões Filho, para tirar dúvida sobre a nova medida.O inspetor da PRF-BA Rogério Tosta, que trabalhou no plantão de sexta-feira para sábado no local, afirmou que o posto não havia sido notificado oficialmente sobre a mudança da regra.

Ele soube pela internet sobre a liminar, emitida na noite de sexta pelo juiz substituto Renato Borelli, da 20ª Vara Federal de Brasília. Na sentença, o magistrado acolheu o argumento de uma ação movida pela Associação Nacional de Proteção Mútua aos Proprietários de Veículos Automotores.

De acordo com Rogério Tosta, o uso dos faróis nas rodovias aumenta a atenção de motoristas para a proximidade de outros veículos e também auxilia pedestres. Ele afirma que levantamentos nacionais da PRF já apontaram redução de acidentes frontais entre carros e de atropelos desde 8 de julho, quando a regra entrou em vigor nas vias do país.

Opiniões - Em Salvador, a necessidade do uso de faróis divide os motoristas. O vendedor Leandro Silva, 29, e o marceneiro Ronaldo Costa, 40, por exemplo, concordam com a lei. Eles afirmam que o farol aceso melhora a visibilidade durante as ultrapassagens. "Eu já viajei muito e é realmente necessário", defende Leandro.

Já o vendedor Dinaldo Morais, 39, não vê sentido na regra. Para ele, a lei "é mais uma a serviço da indústria de multas" de trânsito: "Não faz diferença nenhuma, não muda nada acender. É só mais uma lei para ganhar dinheiro e criar problema". (As informações do A Tarde)

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