Em clima morno e sem novidade, o último debate entre candidatos a prefeito de Salvador, promovido ontem pela TV Bahia, único com a participação do prefeito ACM Neto (DEM), teve poucos momentos de embate. Além de Neto, outros três dos sete candidatos marcaram presença: Cláudio Silva (PP), Alice Portugal (PCdoB) e Pastor Sargento Isidório (PDT). A liminar que concedia o direito à participação do candidato Fábio Nogueira (PSOL) foi derrubada e ele foi barrado.
Enquanto Alice e Isidório atacavam Neto, Cláudio Silva optou por fazer elogios à gestão do prefeito, reforçando pontos que acredita necessitar de avanços, como a saúde. Por outro lado, Isidório e Alice trocavam perguntas entre si, aproveitando para fazer críticas a Neto ao longo das questões e respostas. Neto fez todas as suas perguntas a Cláudio, que só fez uma questão a Alice e as demais para o prefeito, evidenciando clima amistoso entre os dois candidatos.
Alice, por sua vez, trouxe ao debate a questão nacional, ao classificar o impeachment da presidente Dilma Rousseff PT) como golpe, associando-o ao prefeito, além de criticar o presidente Michel Temer (PMDB). Já Neto, entre as respostas, não poupou críticas ao governo do estado, citando, por exemplo, o Centro de Convenções, onde parte da estrutura desabou na última semana.
Tensão - No segundo bloco veio o maior momento de tensão entre os candidatos, quando Alice perguntou a Neto sobre uma suposta contratatação pela prefeitura de uma empresa, cujo proprietário está preso, para a construção de três postos de saúde. O prefeito negou qualquer relação com a empresa, disse que o Ministério Público fez apuração e não encontrou irregularidade e afirmou que "quem entende de penitenciária é a senhora, pois muitos companheiros seus estão presos".
Isidório foi o responsável por momentos de irreverência ao longo do debate. No primeiro bloco, ele começou sua fala citando a bíblia, mas foi interrompido pelo mediador, pois as regras do debate não permitia a citação de documentos. No segundo bloco, disse que, se eleito, iria levar serviços de saúde às prefeituras-bairro, entre os serviços o "exame de toque, pois dar dedada não tira a masculinidade de ninguém".
No quarto, se dirigiu ao prefeito como "faraó" e "monarca" ao perguntar sobre a política para dependentes químicos. Neto pediu respeito ao telespectador e elogiou o trabalho da Fundação Dr. Jesus, mantido por Isidório. Os candidatos debateram temas como educação, saúde e mobilidade. O confronto foi mediado pelo jornalista Alexandre Garcia e teve duração de cerca de uma hora e meia. (As informações do A Tarde)
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