Centenas de guerrilheiros comunistas armados marcharam através de pântanos e pela selva colombiana para uma reunião onde eles baixaram suas armas, vestiram camisas brancas a apresentaram uma nova face de paz aos seus compatriotas. A conferência de uma semana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nas planícies ao sul do país tem sido em parte um seminário pedagógico, parte Woodstock e parte um esforço de marketing para melhorar a imagem pública de um grupo bastante criticado por sua campanha de anos de assassinatos, sequestros e atentados. A reunião deve se encerrar nesta sexta-feira, com uma nota histórica: o maior líder dos rebeldes deve ratificar uma acordo de paz com o governo da Colômbia que tenta encerrar um uma insurgência de 52 anos e permitir que o grupo procure um movimento político.
O real significado da conferência é que as guerrilhas notoriamente sigilosas abriram as portas para convidar centenas de jornalistas e convidados especiais. O propósito é mostrar um grupo mais gentil, que agora busca o poder apenas por meios políticos pacíficos. Ao serem questionados por jornalistas sobre o que fariam em paz, muitos rebeldes simplesmente disseram que fariam o que a liderança das Farc pedisse, com a maioria vendo um papel como ativistas políticos pressionando por um Estado marxista-leninista.
Em seu discurso aos rebeldes no meio da floresta, o supremo comandante das Farc, Rodrigo Londoño - que é mais conhecido como Timochenko - disse que a Colômbia abriria agora um novo e pacífico capitulo. "Nessa guerra não há vencedores ou perdedores. O que as Farc ganharam foram garantias de que pode continuar sua luta através das eleições", completou. Fonte: Dow Jones Newswires. (As informações do Estadão)
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