terça-feira, 27 de dezembro de 2016

PASSAGEM DE ÔNIBUS NÃO DEVE PASSAR DE R$ 3,53 SE HOUVER REAJUSTE, AFIRMA PREFEITO

“Nós não vamos dar nem um centavo a mais que a reposição inflacionária”, disse o prefeito de Salvador ACM Neto, sobre um possível reajuste da tarifa de transporte público em 2017. Neto foi questionado durante a entrevista coletiva, nesta segunda-feira, 26, sobre a festa de réveillon da capital baiana. Assunto veio a tona após matéria de A TARDE mostrar que donos de empresas de ônibus questionam o contrato de licitação.

Tanto a prefeitura como as empresas contrataram consultorias (Delóitte e Ernest&Young, contratadas respectivamente pela prefeitura e pelos empresários) para reavaliar o contrato firmado em 2014. Isso porque a possibilidade de alteração de cláusulas é prevista no contrato, desde que haja “desequilíbrio financeiro” para as empresas, o que está acontecendo segundo as concessionárias.

“Juntou a crise econômica com as regras rígidas da concessão do sistema e resultou nisso (desequilibrio financeiro)”, afirma Horácio Brasil, diretor-executivo da empresa Salvador Norte e ex-diretor do sindicato das empresas de ônibus (Setps). O diretor aind informaque o número de passageiros transportados pelas três operadoras do sistema caiu de 28 milhões para 22 milhões entre 2014 e 2016.

Diante do questionamento dos empresários o prefeito foi duro na resposta. “Conversei hoje cedo com o secretário Fábio Mota, nós estamos fazendo a conclusão de um estudo sobre o equilíbrio econômico do contrato. Esse estudo deverá ser fechado até o dia 28 ou 29, mas uma coisa eu posso assegurar sem nem conhecer o estudo: nós não vamos dar nem um centavo a mais que a reposição inflacionária. Então, o teto será a reposição inflacionária. Não quer dizer nem que daremos, mas o teto será isso, aproximadamente 7%”, disse o prefeito. Se essa previsão de 7% for confirmada a tarifa passaria de R$ 3,30 pra aproximadamente R$ 3,53.

O prefeito ainda lembrou que as empresas não estão pagando as outorgas, previstas no contrato, devido um acordo feito com o Ministério Público. “As empresas não estão pagando outorga em função desse desequilíbrio. Nós entendemos que na medida que elas não estão pagando outorga não terão um centavo a mais do que a inflação. Será o máximo que nós daremos”, finalizou Neto. (As informações do A Tarde)

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