O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, Marcos Pereira (PRB), recebeu R$ 7 milhões em caixa 2 da Odebrecht para o partido na campanha de 2014. A informação foi revelada pelos delatores Marcelo Odebrecht, Alexandrino Alencar e Fernando Cunha, ex-presidente e executivos da empreiteira. De acordo com o Estadão, os recursos foram entregues em dinheiro vivo e compraram apoio do partido, então presidido por Pereira, à campanha de reeleição de Dilma, que tinha Michel Temer como vice. O dinheiro dado ao PRB estava incluído no pacote de R$ 30 milhões que envolvia apoio do PROS, PCdoB, PP e PDT à chapa.
No caso específico do PRB, Pereira teria tratado pessoalmente o assunto com Alexandrino e esteve mais de uma vez na sede da Odebrecht em São Paulo para combinar como e a quem o dinheiro parcelado deveria ser entregue. Ao Estadão, Pereira negou as declarações dos delatores, disse que não tratou de nenhuma operação e que delação não é prova. Os executivos da Odebrecht alegam que agiram a pedido de Edinho Silva, na época tesoureiro da campanha e hoje prefeito de Araraquara (SP).
Em um encontro realizado na capital paulista, ficou acertado que Alexandrino faria o pagamento de R$ 7 milhões ao PCdoB, PROS e PRB. Fernando Cunha mandou R$ 4 milhões para o PDT. Não há informações sobre a negociação com o PP. Edinho Silva negou o acerto. "Não participei de tratativas com os partidos na época das composições. Eu ainda não era coordenador financeiro", declarou. A Odebrecht preferiu não se manifestar.
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