O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, John Kelly, disse neste domingo (28) que o país poderá proibir laptops em cabines em todos os voos internacionais saindo e chegando aos EUA para evitar ataques terroristas no ar. Em março, os EUA proibiram passageiros de transportar eletrônicos além de um celular na cabine em voos vindos de 10 aeroportos no Oriente Médio e no Norte da África. O Reino Unido acompanhou a medida com uma proibição para voos que chegam de seis países, nem todos iguais ao que sofreram restrições dos EUA.
A atual proibição dos EUA se aplica a voos sem escalas de ou para 10 aeroportos internacionais em Amã, na Jordânia; Cidade do Kuwait, no Kuwait; Cairo, no Egito; Istambul, na Turquia; Jeddah e Riad, na Arábia Saudita; Casablanca, no Marrocos; Doha, no Qatar; Dubai e Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos. Cerca de 50 voos por dia são afetados. Questionado em uma entrevista à rede de televisão Fox News se expandiria a proibição para incluir todos os voos internacionais, Kelly disse: "Eu poderia... Há uma ameaça real". "Isso é realmente a coisa com a qual eles - os terroristas - estão obcecados, a ideia de derrubar um avião em voo".
Kelly disse que os EUA vão "aumentar a exigência, de forma geral, para segurança da aviação muito acima do que é hoje, e há novas tecnologias no futuro, em um futuro não muito distante, com as quais vamos contar. Mas é uma ameaça sofisticada, e eu me reservo a tomar essa decisão até que nós possamos ver a evolução disso". O Departamento de Segurança Interna disse no início deste mês que uma proibição expandida "está sob consideração". As autoridades norte-americanas estão preocupadas com o fato de que um dispositivo explosivo escondido em um dispositivo eletrônico pode ser disparado manualmente na cabine ou detonado usando tomadas de energia no avião, de acordo com fontes familiarizadas com os planos de segurança de companhias aéreas.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo pediu em março aos governos para trabalharem com a indústria da aviação para manter os voos seguros "sem separar passageiros de seus eletrônicos pessoais". A Associação de Experiência do Passageiro em Companhias Aéreas pediu no início de maio que os governos evitem uma expansão da proibição, argumentando que ela poderia "prejudicar as liberdades pessoais integrais para viagens aéreas internacionais".
O grupo conduziu uma pesquisa no ano passado que mostrou que 43% dos passageiros no mundo levavam um tablet consigo, e 70% desses passageiros utilizavam esses equipamentos em voo. O estudo também descobriu que 38% dos passageiros globais levam laptops a bordo, e 42% deles os utilizam durante o voo. (As informações do Estadão)
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