quarta-feira, 24 de maio de 2017

PF SE MANIFESTA SOBRE INTERCEPTAÇÃO DE IRMÃ DE AÉCIO E REINALDO AZEVEDO

A Polícia Federal se manifestou na noite desta terça-feira (23) sobre os diálogos interceptados entre a irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a jornalista Andrea Neves, que foi presa no último dia 18, e o jornalista Reinaldo Azevedo. Segundo a PF, a interceptação foi feita “por força de decisão judicial do Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, nos autos da ação cautelar 4316”. A divulgação da conversa na tarde desta terça causou repercussão – nela, os dois fizeram críticas à Odebrecht, à Lava Jato e à própria revista Veja, na qual Azevedo trabalhava. Após o teor do diálogo vir à tona, Azevedo acabou pedindo demissão.

Andrea afirma: “Agora, que está acontecendo na Veja, o que o pessoal fez… Assinaram todos os jornalistas e vão pegar a loucura desse cara [Alexandre Acioly, delator] para esquentar a maluquice contra mim”. Azevedo responde: “Ah, eu vi. É nojento, nojento. Eu vi. Tanto é que logo no primeiro parágrafo, a Veja publicou no começo de abril que não sei o que, na conta de Andrea Neves. Como se o depoimento do cara endossasse isso. E ele não fala isso”. A PF admite que as conversas “não diziam respeito ao objeto da investigação”. “Conforme estipula a Lei 9.296/96, que regulamenta a interceptação de comunicações telefônicas, e em atendimento à decisão judicial no caso concreto, todas as conversas dos investigados são gravadas. A mesma norma determina que somente o juiz do caso pode decidir pela inutilização de áudios que não sejam de interesse da investigação”. A PF ainda informou que a Procuradoria Geral da República (PGR) teve acesso à íntegra das gravações.

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