Desde os anos 1980 símbolo da privatização do Carnaval de Salvador, as cordas começaram gradativamente a ir ao chão nas duas últimas edições da folia. Atrações famosas, como Armandinho, Moraes Moreira, Luiz Caldas, Carlinhos Brown e Daniela Mercury já traziam antes o folião pipoca atrás dos trios, mas foi no ano passado que Saulo Fernandes, da banda e bloco Eva, provocou o que parece ser uma reviravolta agora, quando aboliu o cordão de isolamento na terça-feira de Carnaval de 2011, puxando 20 mil pessoas. De um, os adeptos dos sem-cordas passaram a dez este ano, segundo informou o presidente da Empresa de Turismo de Salvador (Saltur), Cláudio Tinoco.
Entres os novos adeptos da tendência, destaque para Chiclete com Banana, Tuca Fernandes e Jammil. Já para 2013, outros artistas caros à indústria carnavalesca, como Asa de Águia, Claudia Leitte, Harmonia do Samba e Psirico, anunciaram o desejo de prestigiar a pipoca. O abaixar das cordas é, contudo, mínimo. Limita-se a um dia dos seis de festa, por atração.
“É uma demagogia. Durante décadas esses artistas se serviram desse modelo e enriqueceram com ele. Se o Carnaval pode ter um dia sem corda, porque não pode todos? Não é uma boa pergunta? questiona o cantor e compositor Walter Queiroz, crítico contumaz das cordas. (As informações do A Tarde)
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