A bancada de oposição na Assembleia afirmou ontem que vai insistir na convocação do secretário estadual de Cultura, Albino Rubim, para que ele preste esclarecimentos sobre as suspeitas de favorecimento a integrantes de legendas da base aliada na seleção dos representantes territoriais da cultura. O requerimento será baseado no edital para preenchimento de novos cargos que privilegiava militantes de partido e sindicatos e na constatação de que quase metade dos 23 aprovados no processo seletivo de 2008 é filiada a siglas do arco de alianças do governo do estado.
“Vou enviar nos próximos dias um requerimento pedindo a convocação do secretário na Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, da qual sou vice-presidente, para tentar ouvi-lo já na próxima semana”, afirmou o deputado estadual Bruno Reis (DEM), vice-líder da bancada oposicionista. Para o parlamentar, a constatação de que dez representantes territoriais da Secretaria Estadual da Cultura (Secult) são filiados a partidos governistas, revelada na edição de ontem do CORREIO, “é mais um indício de que há aparelhamento partidário no órgão”. Os oposicionistas suspeitam que o governo use o Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) para contratar aliados políticos.
“As denúncias evidenciam o que todos nós sabemos: que existe um aparelhamento político por parte do governo”, disparou o deputado republicano Sandro Régis, líder da bancada do PR/PSDB na Casa. “Se estender essa pesquisa ao governo inteiro, vai ver que não é só na Secult que isso acontece. Mas a questão é ética, não existe impedimento legal a esta prática”, considerou o deputado Elmar Nascimento (PR). (As informações do Correio)
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