sexta-feira, 28 de novembro de 2014

FAMÍLIA DO MINISTRO DA AGRICULTURA É SUSPEITA DE FRAUDAR 15 LOTES DA UNIÃO

Pelo menos 15 lotes de um assentamento do Governo Federal destinados para reforma agrária estariam sendo explorados pelos dois irmãos do ministro da Agricultura, Neri Geller. Os irmãos Odair e Milton Geller tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal de Mato Grosso durante a operação Terra Prometida, deflagrada pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (27). Os dois irmãos não foram localizados pela polícia, mas o superintendente da PF no estado, Marcos Antônio Farias, disse que a defesa de Odair e Milton teria entrado em contato e informado que eles deveriam se apresentar espontaneamente ainda nesta quinta-feira. Caso eles não compareçam à Superintendência da Polícia Federal, serão considerados foragidos.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), os lotes tinham 100 hectares cada um, sendo localizados no município de Itanhangá, a 447 km da capital, e estavam em nomes de membros da família, como sobrinhos, primos, tios e outros. Trinta e cinco dos 52 mandados de prisão preventiva foram cumpridos pela Polícia Federal nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Nova Mutum, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Itanhangá, Ipiranga do Norte, Sorriso, Tapurah e Campo Verde. A Justiça também decretou o cumprimento de 146 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além dos mandados de prisão, nove pessoas foram presas em flagrante durante a operação por porte ilegal de arma.

As investigações apontam que as áreas foram praticamente desmatadas para o cultivo de soja e milho e teriam sido concedidas à família por meio de títulos emitidos de forma irregular. Para isso, contavam o apoio de servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para regularizar a situação.

Odair Geller e Milton Geller são produtores rurais e prestaram depoimento durante as investigações. Na ocasião, ambos negaram qualquer tipo de envolvimento no crime. (As informações do G1)

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