Oitenta e oito dias – ou, em outras palavras, menos de três meses. Foi esse o tempo em que o calendário acadêmico da Universidade Federal da Bahia (Ufba) manteve-se regularizado desde a última greve de professores, em 2012. Desde o dia 13 de setembro daquele ano, quando os docentes decidiram voltar à sala de aula, foram necessários 900 dias – dois anos, cinco meses e 20 dias – para que o calendário voltasse ao normal, em 2 de março de 2015. Há um mês, em 28 de maio, faltando pouco do fim do semestre, servidores e professores decidiram parar novamente, por tempo indeterminado.
Embora apoiada por boa parte dos estudantes, a mobilização dos docentes deixou muita gente na mão – especialmente aqueles que já têm a graduação atrasada por conta da greve anterior. É o caso da estudante de Direito Manuela Vanesca da Silva, 24 anos, e da colega Laila Magalhães.
A formatura delas estava marcada para 29 de janeiro de 2016. Agora, elas e a comissão de formatura se reúnem com a empresa contratada e tentam, junto à própria Ufba, garantir outra data, para cerca de dois meses depois.
“Como a greve é também de servidores, acabou nos prejudicando um pouquinho mais, porque a gente também não está conseguindo contato com os servidores da Reitoria para remarcar a solenidade. A gente está tentando para uns dois meses depois, porque se a greve durar isso, a gente consegue fazer a formatura”, disse Manuela. Se não houvesse greve, a turma dela se formaria em novembro deste ano. Agora, não há previsão. (as informações do Correio)
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