Um bilhete do empresário Marcelo Odebrecht escrito na prisão, em Curitiba em que ele solicita a destruição de “e-mail sondas” , cita o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, que também é o maior acionista da empresa Sete Brasil, contratada pela Petrobras para fomentar a indústria naval, com encomendas de sondas para o pré-sal no Brasil. A correspondência foi apreendida pela Polícia Federal e foi avaliada pelos investigadores como um indício de que ele estaria passando orientação para eliminar uma correspondência eletrônica de 2011 que faz referência à colocação de sobrepreço de US$ 25 mil por dia em contrato de afretamento e operação de sondas. Os advogados da Odebrecht entregaram petição ao juiz federal Sérgio Moro em que afirmam que o bilhete encontrado não significa intenção dele em eliminar provas, de acordo com o Estadão.
"As anotações não continham o mais remoto comando para que provas fossem destruídas, e que - à toda evidência - a palavra destruir fora empregada no sentido de desconstituir, rebater, infirmar a interpretação equivocada que foi feita sobre o conteúdo do e-mail", diz o documento subscrito pelos advogados criminalistas Dora Cavalcanti, Augusto de Arruda Botelho e Rodrigo Sánchez Rios. Para Augusto Botelho, "chega a ser infantil a acusação da Polícia Federal de que esse bilhete, esse termo, constitui a prática de um crime". "Muito pelo contrário, é comunicação entre Marcelo e seus advogados, elencando mais uma vez pontos a serem utilizados em seu habeas corpus", assinala o criminalista. "Não faz sentido algum alguém mandar destruir um e-mail que é público. Esse e-mail faz parte da representação que a Polícia Federal fez para pedir a prisão de Marcelo Odebrecht. Não faz sentido algum pedir a destruição de algo que é absolutamente público”, afirmou o advogado.
A Odebrecht manifestou nesta quarta-feira (24), sua 'indignação' sobre o que chama de "incidente processual que se tentou criar em torno de um bilhete do seu diretor-presidente, Marcelo Odebrecht". Em nota à imprensa, a maior empreiteira do País afirma que o bilhete contém "orientação (de Marcelo Odebrecht) aos advogados" com argumentos para serem usados no habeas corpus em favor do empresário. Para a Odebrecht, o delegado da Polícia Federal (Eduardo Mauat, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato), 'infelizmente optou por dar publicidade e ares de escândalo em um bilhete com simples orientações do cliente para seus advogados'. A empreiteira diz que o delegado feriu 'a proteção da relação que a Lei garante a todos os cidadãos brasileiros'. (As informações do Estadão)
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