“Abafa a sanfona, menina”, disse sorrindo a professora Cenira dos Santos, 47 anos, quando questionada se estava sozinha no São João do Pelô. Cenira chegou de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, por volta de 15h para curtir a festa acompanhada da irmã. Enquanto dançava ao som de Forró Número 1, de Luiz Gonzaga, seu marido estava trabalhando. “Hoje só vou embora quando terminar, pra lá das 2h”, comemorou a professora.
O forrozeiro paraibano Val Macambira abriu a festa no palco montado no largo do Terreiro de Jesus, no início da noite de ontem, com o repertório pé de serra que animou o público que optou por passar o São João na capital.
“Esse ano o feriado caiu em um dia péssimo. Não deu para programar a viagem”, lamentou a cabeleireira Tatiana Santana, 36. Ela chegou no Pelô às 18h com um grupo de amigos e levou uma garrafa de vodka para esperar suas atrações favoritas, o grupo Calcinha Preta e o cantor sertanejo Cristiano Araújo, que se apresentaram mais tarde.
Para quem, ao contrário de Tatiana, preferiu esquentar a noite com a bebida típica da festa junina, barracas dispostas ao redor da praça vendiam licor e outras comidas da época. Segundo o barraqueiro Carlos dos Santos, 52, os sabores mais pedidos são de jenipapo e café.
“A gente tem vendido uma média de 20 litros por noite. Ano passado, por causa da Copa, esse número foi maior”, disse. Para curtir o clima junino, alguns pais também levaram os filhos para soltar chuvinha e jogar traque de massa no chão do Centro Histórico.
“Está bem tranquilo, dá para vir com as crianças e se distrair”, comentou a assistente social Ana Sacramento, que levou o filho Pedro Artur, 9. “A decoração tá bem bonita, com as bandeirolas e os bonecos”, comemorou Pedro.
Já a atendente Amanda Araújo, 24, esperava um clima menos familiar para a noite. “Rezei a trezena de Santo Antônio. Vim pra arranjar um par para dançar, ou algo mais”. Calma Amanda, ainda tem mais festa hoje, véspera de São João. (As informações do Correio)
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