terça-feira, 29 de dezembro de 2015

WAGNER DIZ QUE STF TIROU PODER E DEU "ZIGNOW" EM CUNHA

Para o ministro da Casa Civil Jaques Wagner (PT), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), está perdendo poder. "O espaço dele claramente está reduzido, porque a situação (denúncias) está muito pública e é muito ruim. O Supremo já diminuiu o poder dele (ao estabelecer o rito do impeachment e dar ao Senado a decisão de afastar a presidente Dilma)", considerou o petista durante entrevista nesta terça, 29, à rádio Metrópole.

Wagner ainda disse que Cunha "tentou fazer jogo de cena" pedindo encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, mas o ministro deu um "zignow" (drible) nele. "Deixou ele com a cara mexendo", alfinetou Wagner.

O ministro ainda criticou a atitude do peemedebista em tentar se comparar a Dilma. "Ele não tem nada a ver com Dilma. Ela tem impopularidade, mas quando corrigir a economia, ela volta a ter popularidade. Já ele tem um problema de outra natureza, que é a questão de ética. Ele vai cair pelo que cometeu (acusação de receber propina). Ela não vai cair porque vai acertar o governo".

Para Wagner, o governo precisa buscar o ponto de equilíbrio entre a rota de crescimento e manter a responsabilidade fiscal. Ele avalia que a crise econômica vivida em 2015 é consequência de erros de gestão em 2013 e 2014. Para ele, houve "exoneração exageradas e foram feitos programas de financiamento além do que (o governo) aguentava".

Mas o Wagner acredita que o governo vai conseguir colocar a economia no eixo. Contudo, para ele, 2016 ainda será um ano difícil e a crise só deve ser totalmente enfrentada em 2017.

Para o petista, finalizar o processo de impeachment é um ponto crucial para a retomada do crescimento do país. Wagner acredita que assim como Cunha tem perdido "espaço político", a popularidade de Dilma melhorou na reta final do ano e o governo terá uma base aliada suficiente para barrar o impeachment. Isso porque, segundo ele, não há legalidade para o afastamento da presidente e o processo de impeachment foi uma forma que a oposição buscou para ocupar a "cadeira" de Dilma.

Wagner disse ainda que o governo está aberto a propostas para melhorar o país. "Se querem fazer governo de coalizão, eu convido a oposição a fazer dentro da legalidade. Porque tem que tirar ela que foi eleita pelo povo? Vamos ajudar. Sou a favor que faça governo de unidade nacional, mas não colocando na mesa o cargo (de Dilma), mas objetivos e propostas. Mas eu só vejo fazer proposta para destruir o país". (As informações do A Tarde)

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