sábado, 23 de janeiro de 2016

PARLAMENTO VENEZUELANO REJEITA DECRETO DE EMERGÊNCIA ECONÔMICA

Dominado pela oposição, o Parlamento venezuelano rejeitou, nesta sexta-feira (22), em uma votação nominal, o decreto de emergência econômica do presidente Nicolás Maduro, argumentando que responde a um modelo "fracassado" que não resolverá a profunda crise do país.

Na semana passada, Maduro decretou "estado de emergência econômica" por 60 dias para atender à grave crise do país. Segundo o governo, o decreto permitiria atender áreas como saúde, educação, habitação e alimentação, bem como promover acordos com o setor privado para reativar a produção, enquanto se transita de um "modelo rentístico esgotado", dependente do petróleo, a um produtivo.

"Negamos o decreto, porque é mais do mesmo (...) A causa do problema é um modelo econômico fracassado", disse na tribuna o deputado opositor José Guerra, presidente da comissão legislativa que estudou o decreto ditado por Maduro há uma semana e que recomendou, em plenária, a rejeição do texto.

A bancada opositora aprovou o informe da comissão que avaliou o decreto por maioria de 108 votos contra 54 e depois, com votação de 107 contra 53, rejeitou o decreto, informa a agência de notícias France Presse. Durante o debate, deputados da oposição criticaram duramente o modelo socialista de Maduro e a fração minoritária governista defendeu o decreto como necessário para enfrentar a "guerra econômica" e a queda dos preços do petróleo.

A decisão da Assembleia Nacional acaba com o decreto de emergência, segundo disse o chefe da bancada opositora, Julio Borges, de acordo com a agência Associated Press. Borges também disse que a oposição seguirá aberta a se sentar com o governo para discutir uma "mudança total da economia" para enfrentar a crise. (As informações do G1)

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