A presidente Dilma Rousseff (PT) criticou a iminência de impeachment por causa das pedaladas fiscais. Presente no 'Encontro com Artistas e Intelectuais em Defesa da Democracia', nesta quinta-feira (31), a presidente avaliou que todos os seus antecessores praticaram "pedaladas fiscais". "O meu impeachment baseado nisso [pedaladas fiscais] significaria que todos os governos anteriores ao meu teriam de sofrer impeachment. Todos eles, sem exceção, praticaram atos iguais aos que pratiquei", disse, de acordo com a Folha. A presidente comparou o atual radicalismo no país ao regime nazista alemão, em que, para ela, as pessoas são julgadas por adereços ou símbolos, e ainda lembrou do golpe que o Brasil sofreu em 1964.
"Para cada momento histórico, o golpe assume uma cara. Na América Latina, as formas tradicionais foram intervenção militar. Agora, estão usando a ocultação do golpe através de processos aparentemente democráticos", explicou. Também foram pauta de seu discurso o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - que aceitou o pedido de impeachment porque o governo se recusou a "participar de uma farsa" para inocentá-lo no processo que tramita na Comissão de Ética - e sua não-renúncia, o que a presidente acredita ser alternativa daqueels que querem tirá-la do poder, mas sabem que não há base legal para o impeachment. "Acham que as mulheres são frágeis. Nós de fato somos sensíveis, mas não somos frágeis", completou. (As informações do BN)
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