O prefeito ACM Neto afirmou, na manhã desta quarta, 20, que num eventual governo de Michel Temer (PMDB), o foco será a atenção aos interesses de Salvador e que torce para que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) esteja forte o suficiente para ajudar nisso.
Perguntado se ficará mais fácil tocar projetos da capital baiana num eventual governo de Temer, o prefeito provocou ao responder que "mais dificil não ficará, pois é impossível" e destacou que Temer foi avalista de acordos firmados em 2015 entre governo federal e Salvador que não foram cumpridos pela presidente Dilma. Lembrou que o BRT provavelmente não será tocado ainda este ano em razão dos limites da legislação eleitoral.
Neto disse, ainda, que o DEM não vai brigar por cargos nem indicações no âmbito do governo federal e que a expectativa com Temer é positiva, mas ressalvou que a solução para os problemas do País não será fácil nem rápida.
"O vice-presidente conhece as pautas de Salvador, até porque foi avalista e interlocutor de acordos firmados ano passado com governo federal, acordos que não foram cumpridos, mas eu não posso deixar de registrar que duas coisas estão no horizonte: primeiro é impossível imaginar que com rapidez vai se consertar um erro de tantos anos. Vai ser preciso paciência para prioridades e ter agenda para o País".
E continuou: "Segundo, da minha parte, só vou focar, caso ele assuma, numa coisa atenção à cidade. Eu não quero entrar nessa luta por indicação de cargos, por indicação de aliados, nada disso. O que nós queremos é a atenção máxima por Salvador", disse o prefeito, que virtualmente é natural candidato à reeleição.
Neto disse, ainda, que o espírito de Temer, o dele próprio e do ex-ministro Geddel não é o de perseguir nem se vingar. "Eu não jogo o quanto pior, melhor. Uma coisa posso garantir aos deputados do PT e ao governador: não iremos dar o tratamento a eles que recebemos deles".
Sobre o BRT, que depende de verbas do governo federal, ainda num eventual governo de Temer, Neto disse que o calendário eleitoral talvez impeça de executar a obra ainda em 2016: "Mesmo com vontade do governo, assinaturas de convênios e contratos têm prazo até final mês de junho e já estamos em abril".
O prefeito disse, também, que uma eventual participação do DEM num suposto governo Temer dependeria de duas coisas: da agenda que pretende apresentar para o Brasil, se coincide com a forma de ver do partido. Não haverá nenhum tipo de barganha, de jogo de interesses, de toma lá, dá cá. O DEM não precisa de jogo de governo.
Precisamos que o País dê certo. Se ele (Temer) fizer isso, terá nossa inteira e irrestrita colaboração incondicional". (As informações do A Tarde)
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