O presidente Michel Temer afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, veiculada nesta segunda-feira (14), que a reforma da Previdência já está "formatada" e que deve ser encaminhada ao Congresso ainda este ano. A previsão do peemedebista é de que o texto comece a ser apreciado após a conclusão da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 241, que se tornou PEC 55 no Senado) que estabelece um teto para os gastos do governo federal. A gestão Temer pretende que a reforma previdenciária seja feita de forma a “perdurar para sempre”, sem necessidade de novos ajustes. Para aprovar o projeto, o presidente disse que vai ouvir as centrais sindicais e fazer um “esclarecimento público” em rede nacional. “É difícil apoiar, mas pelo menos você vai asfaltando o terreno”.
As novas regras serão equivalentes para o setor público, privado e políticos. Temer também voltou a falar da reação às medidas do seu governo, com a ocorrência de ocupações em escolas e universidades em todo o país. "No meu tempo de estudante, você examinava, discutia, chamava pessoas para dialogar e às vezes protestava fisicamente. Vejo que há muito protesto físico, não argumentativo, intelectual", defendeu. Ao ser questionado sobre as menções a seu nome nas investigações da Operação Lava Jato, negou ter cometido irregularidades. Ele afirma que recebeu Marcelo Odebrecht no Palácio do Jaburu porque o empresário queria contribuir com as campanhas de seu partido. Temer informou ter recebido R$ 10 milhões em doações e que os repasses foram declarados à Justiça Eleitoral.
Já sobre o processo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral contra a chapa composta por ele e pela ex-presidente Dilma Rousseff, nas eleições de 2014, ele sustentou que as contas do candidato a presidente e do vice devem ser separadas. "Evidentemente, vocês conhecem a obediência que eu tenho às instituições, se um dia o TSE lá pra frente disser, 'olha, o Temer tem que sair...'", sinalizou. Ele ainda falou sobre eventual prisão do ex-presidente Lula e considerou que se a possibilidade fosse concretizada, seria ruim para sua gestão, pois traria instabilidade ao país.
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