O sargento da reserva do Corpo de Bombeiros, Armando Correia Vilas Boas Filho, 54 anos, foi preso por ter matado o pedreiro Raimundo Nonato Santana, de 47 anos, no bairro de Fazenda Grande II. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil na tarde desta sexta-feira, 3. O crime ocorreu no dia 28 de janeiro.
Acompanhado de um advogado, o sargento se apresentou no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta quinta-feira, 2, para dar sua versão sobre a morte de Raimundo, e acabou detido. Segundo o bombeiro, ele apenas reagiu ao perceber que o pedreiro fez menção de pegar algo na cintura.
No entanto, a versão de Armando Correia não coincide com a investigação realizada pela Polícia Civil, que ouviu testemunhas. Elas relataram que, naquele dia, Armando havia ingerido grande quantidade de bebida alcoólica e por várias vezes prometeu que mataria uma pessoa, mesmo sem ter motivo algum.
Segundo o delegado José Mário Mota, titular da 2ª Delegacia de Homicídios (2ª DH/Central), o pedreiro voltava de bicicleta da casa da mãe com um pacote de fraldas, quando foi abordado pelo sargento, que estava sentado na calçada.
“Armando disse que o mataria e o pedreiro indagou o motivo, implorando por sua vida, mas, mesmo assim, acabou sendo baleado nas costas, ao tentar fugir", contou o delegado, em nota divulgada pela Polícia Civil. A investigação ainda identificou que, antes de matar o pedreiro, o sargento já havia ameaçado um vendedor de jaca.
O sargento comprou a fruta por R$ 10, mas ao consumi-la em casa com a família, percebeu que estava estragada. Por esse motivo, o bombeiro voltou até o vendedor e disse que se não devolvesse o dinheiro seria morto.
O dono da jaca, depois de negar que a jaca estivesse ruim, acabou devolvendo a quantia e teve a vida poupada por isso. Armando foi levado para a Corregedoria da Polícia Militar (PM), onde ficará preso no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. (As informações do A Tarde)
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