Pelo menos 20 ônibus da Concessionária Salvador Norte (CSN) – que circula na orla e no centro da capital baiana – foram apreendidos em duas garagens da empresa, na região do Iguatemi e no entorno da Estação Pirajá, no final da manhã desta quarta-feira, 29.
A determinação, feita pela Justiça, ainda inclui outros 30 veículos, que deverão ser confiscados a qualquer momento, de acordo com fontes ligadas ao setor de transporte contatadas pela reportagem do A TARDE.
O confisco, confirmou o diretor-executivo da CSN e ex-diretor do sindicato das empresas (Setps), Horácio Brasil, foi motivado por causa de dívidas das antigas empresas de ônibus com os bancos Bradesco e Volkswagen.
Os outros 30 ainda só não foram apreendidos, contou a fonte da reportagem, porque a apreensão foi autorizada somente para os coletivos que foram dados como garantia nesses empréstimos obtidos pela empresa.
Segundo Horácio Brasil, a falta dos veículos prejudica a prestação do serviço à população. O pagamento aos credores, disse ele, já estava sendo negociado. Por isso, a ação de confisco surpreendeu os empresários.
"Fomos pegos de surpresa com a apreensão, justamente porque já estava sendo negociado. Estamos tentando pensar em um plano B, porque esses ônibus fazem falta", afirmou Brasil, em entrevista por telefone.
"Crise" - O episódio é mais um capítulo na novela sobre a crise das empresas de ônibus de Salvador. Em dezembro do ano passado e janeiro deste ano, os donos das companhias alegaram dificuldades financeiras para questionar o contrato de licitação do setor, firmado em 2014 com a prefeitura.
Na época, eles pediam o "afrouxamento" de cláusulas para que as três concessionárias que rodam na cidade se recuperassem da crise. (As informações do A Tarde)
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