sexta-feira, 31 de março de 2017

GOVERNO REDUZ JUROS DO CONSIGNADO PARA APOSENTADOS E PENCIONISTAS

Uma boa notícia para servidores públicos federais, aposentados e pensionistas do INSS. Com a queda na taxa básica de juros nos últimos meses, o governo decidiu reduzir os valores máximos dos juros cobrados para esses beneficiários nos empréstimos consignados - aqueles que são descontados em folha.

No caso dos servidores federais, a redução é inédita. O teto, que sempre foi de 34,5% ao ano, cairá para 29,8% ao ano, representando uma redução de 4,6 pontos percentuais. Ao mês, o valor máximo de juros cobrado passa de 2,5% para 2,2%.

Já nas operações para aposentados e pensionistas, o teto do empréstimo em folha, que hoje é de 32%, caiu para 28,9% ao ano, representando uma redução de 3,1 pontos percentuais. Ao mês, o percentual do consignado cai de 2,34% para 2,14%.

A redução também vale para operações realizadas pelo cartão de crédito, que passa de 3,36% para 3,06% ao mês. Em termos anuais, a queda é de 5,1 pontos percentuais – saindo de 48,7% para 43,6%. Os cortes serão publicados hoje, por meio de uma portaria do Ministério do Planejamento. Segundo o órgão, a medida vale para novos contratos.

A mudança não altera o limite da renda que pode ser comprometido ou prazo do consignado. A margem consignável não pode ultrapassar 35% do valor da aposentadoria ou pensão recebida pelo beneficiário, sendo 5% destinados exclusivamente para a amortização de despesas contraídas por meio da modalidade cartão de crédito. O número máximo de parcelas é de 72 meses.

Crédito barato - Para o diretor de economia da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, por ter a menor taxa de juros do país, o consignado é a melhor opção para quem precisa de crédito. “Se a pessoa estiver endividada em linhas de crédito mais caras, como cheque especial e cartão de crédito, o empréstimo consignado é uma boa alternativa”, aconselha.

Para economizar mais em um empréstimo consignado contraído anteriormente, o diretor da Anefac afirma que é possível fazer um novo empréstimo, com menor taxa de juros, com o objetivo de quitar o primeiro consignado.

“É um direito que ele tem. Se ele contratou um empréstimo lá atrás que tem uma taxa mais cara do que ele pode contratar hoje, valeria a pena sim pegar um empréstimo para liquidar o anterior. É uma forma de trocar uma dívida mais cara por uma mais barata. A única coisa que ele precisa estar atento, antes de fazer a mudança, é se a taxa de juros contratada anteriormente é maior do que a atual”, pontua Oliveira.(As informações do Correio)

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