terça-feira, 28 de março de 2017

POSSIBILIDADE DE ENTRADA DE ROCHA NA CAMADA ATMOSFÉRICA É INVESTIGADA

O estrondo seguido de um suposto tremor, na manhã de domingo, 26, segue sem explicações. O Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Ufba) trabalha com a possibilidade o tremor ter sido causado pela entrada de uma rocha extraterrestre na camada atmosférica. “O que as pessoas têm relatado são barulhos de explosão, de batida de carro, ou mesmo de um tiro forte, que são compatíveis com a linha de investigação que nós seguimos”, explica a professora Débora Rios, do departamento de geologia do instituto.

O que intriga a população é o fato de que o barulho foi ouvido em diferentes áreas de Salvador, como Barra, Brotas, Rio Vermelho, Barris, Periperi e Liberdade. “Como pode, eu aqui em casa, ter ouvido a mesma coisa que o pessoal lá no Rio Vermelho?”, indagou a dona de casa Elvira Santos, 56, moradora do Acupe de Brotas.

De acordo com a professora, existe a percepção, por parte do instituto, de que as pessoas não falam em tremores do chão, mas sim de trepidações superiores, como em janelas e portas. Em outros locais da região metropolitana de Salvador, como a Ilha de Itaparica e parte de Lauro de Freitas, o acontecimento também foi percebido.

Meteoros - Meteoros também foram descartados. “Meteoros são o que chamamos de ‘estrelas cadentes’. Esse fato foi como a explosão de uma rocha que gerou uma onda de choque, formando, assim, a corrente de ar que causa da trepidação. A rocha se fragmenta na explosão. Resta saber se encontraremos os fragmentos”, brincou Débora.

Outra hipótese também rejeitada, esta pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), é a de terremoto. Em nota à imprensa, a instituição divulgou que: “Nenhuma das estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) registrou qualquer sinal que pudesse ser associado a um abalo sísmico em Salvador”.

O centro cogitou, também, a possibilidade de o barulho ter sido provocado por exercícios de jatos no espaço aéreo baiano, no caso de as aeronaves quebrarem a barreira do som. A Força Aérea Brasileira (FAB), no entanto, descartou a alternativa, ao informar, por meio de nota, que “não realizou operações com caças supersônicos na Bahia, neste domingo (26)”.

A Defesa Civil de Salvador (Codesal) também não registrou nenhuma ação no domingo. Por meio da assessoria de comunicação, o órgão informou, ainda, que os prismas com os sensores de deslizamentos de terra, instalados nas encostas do Santo Antônio Além do Carmo não foram acionados, pela falta de atividade na terra. (As informações do A Tarde)

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