A taxa de desemprego medida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) entre os meses de janeiro e fevereiro de 2017 caiu, passando de 25,1% 24,7% da População Economicamente Ativa. Segundo a entidade, a redução de 0,4 pontos percentuais foi puxada pelas vagas formais criadas no período de alta estação turística na cidade, seguido pelo Carnaval. Nesta mesma época, há também queda na procura por emprego. No total, foram criados cinco mil novos postos de trabalho.
O contingente de desempregados em fevereiro foi estimado pelo Dieese em 474 mil pessoas, 9 mil a menos na comparação com o mês anterior. Em fevereiro de 2016, a pesquisa registrou 377 mil pessoas desempregadas em salvador e região Metropolitana. Pelos setores de atividade econômica analisados, houve aumento do contingente de ocupados na Indústria de transformação (4,8% ou 5 mil empregos) e nos Serviços (0,5% ou 5 mil); queda no da Construção (3,8% ou menos 4 mil vagas) e relativa estabilidade no Comércio e em Reparação de veículos automotores e motocicletas (0,3% ou 1 mi postos criados).
Assim, do total de 3.339.000 de pessoas que integram a PEA da RMS, 474 mil estão desempregadas, frente às 1.446.000 ocupadas. Ainda de acordo com a economista do Dieese, houve melhoria do emprego na faixa de homens com mais de 50 anos e o emprego entre negros e brancos se manteve estável.
De acordo com a economista do Dieese, Ana Margaret Simões, apesar do número ser positivo, em comparação com janeiro, ainda não é possível afirmar que o desemprego esteja em ritmo de queda. "O número é considerado bom, porque são dois meses consecutivos de queda, mas ainda é cedo para traçar um cenário de recuperação do emprego", diz. A pesquisa do Dieese utiliza como base o número da População Economicamente Ativa (PEA).
Ela explica ainda que no mês de fevereiro há procura menor pelo emprego em função do período das festas e das férias, mas as vagas no mercado de trabalho neste período também tendem a crescer, aquecidas pelo turismo na capital. Para março, segundo a economista, pode haver um aumento no desemprego, pois o mês é considerado de poucos estímulos para criação de novas vagas no mercado de trabalho.
Melhor resultado - A capital baiana e região metropolitana teve resultado melhor no que diz respeito ao emprego frente às outras regiões pesquisadas pelo Dieese. Em São Paulo o desemprego subiu de 17,1% para 17,9. Em Porto Alegre, de 10,6 para 10,8; e no Distrito Federal, de 19,3% para 20%.
No que diz respeito à renda média, das regiões pesquisadas, a de Salvador e a do Distrito Federal apresentaram melhora. A primeira teve aumento de 1,8%, e saiu de R$ 1.348,00 para R$ 1.372,00 e a segunda de 3,8%, saindo de R$ 3.016,00 para R$ 3.221,00.
Nas demais regiões, em São Paulo e Porto Alegre a redução foi de 3,7% e 2,4%, respectivamente. A renda, nestas regiões saiu de R$ 2.049,00 para R$ 1.974,00, em São Paulo; e de R$ 1.926,00 para R$ 1.880,00.
Acumulado - Entre os meses de fevereiro de 2016 e de 2017, a taxa de desemprego total na RMS aumentou, ao passar de 20,2% para 24,7%. Assim, o contingente de desempregados cresceu em 97 mil pessoas. Foram eliminados 43 mil postos de trabalho e a PEA aumentou em 54 mil. Nos últimos 12 meses, o número de empregados caiu 2,9%, ao passar de 1.489 mil para 1.446 mil pessoas. (As informações do Correio)
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