O Uber criou um programa com o objetivo de identificar e burlar autoridades que fiscalizam o funcionamento do aplicativo em cidades onde ele é proibido, como é o caso de Salvador. A denúncia foi feita por quatro empregados do Uber que apresentaram documentos e relataram o funcionamento da ferramenta chamada VTOS ao New York Times. De acordo com a reportagem, quando uma autoridade que fiscaliza o Uber abre o aplicativo, os carros vistos na tela do celular não representavam veículos reais e os motoristas que eles conseguiam chamar prontamente cancelavam a corrida. Uma das formas criadas pelo aplicativo para identificar quem pede uma corrida com o objetivo de fiscalizar o funcionamento do Uber seria o mapeamento dos escritórios de autoridades.
A empresa acompanhava as pessoas frequentavam esses locais e abriam e fechavam o aplicativo com frequência. O VTOS também seria capaz de pesquisar as informações do cartão de crédito do usuário para verificar se ele estava associado a alguma agência de fiscalização ou policial. Em último caso, funcionários do Uber poderiam inclusive vasculhar perfis de usuários suspeitos nas redes sociais. Em nota enviada ao New York Times, o Uber relata que o programa
"nega pedidos de corrida para usuários que violam os termos de serviço - sejam pessoas que buscam agredir fisicamente os motoristas ou concorrentes tentando tumultuar as operações do aplicativo". A reportagem do New York Times, não cita em quais cidades o VTOS foi utilizado para enganar autoridades e relata apenas um caso em que uma operação contra o Uber foi burlada na cidade de Portland, nos Estados Unidos. (As informações do BN)
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