O fechamento da Unidade de Saúde de Emergência de São Caetano pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) está provocando sobrecarga na rede de atendimento de Salvador. A constatação foi feita pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) após abertura de um Inquérito Civil para apurar uma eventual desassistência à população por conta do encerramento das atividades da unidade. O processo investigativo foi instaurado em maio de 2017 e tem o prazo de um ano para ser finalizado pelo Parquet. De acordo com o MP-BA, as investigações apontam que, por conta da sobrecarga, a capacidade de absorção da demanda das unidades de saúde foi prejudicada "em termos qualitativos e quantitativos".
O inquérito foi instaurado após o Sindicato dos Médicos do Estado da Saúde (Sindimed) formular uma representação e o Coletivo de Entidades em Defesa ao Posto de Saúde, de São Caetano, noticiar o caso ao MP-BA. De acordo com o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, com o fechamento, a população ficou desassistida. "O Estado, quando fechou, alegou que existia a unidade de Pirajá, de San Martin e a de São Marcos. De uma forma ou de outra, é menos uma unidade para prestar atendimento à população", criticou. Em nota, a Secretaria Estadual limitou-se a informar os motivos pelos quais a unidade foi fechada, não comentando a sobrecarga supostamente ocasionada por conta disso.
De acordo com a Sesab, o contrato de gestão expirou em novembro de 2016 e, por não ter passado por reforma completa em 20 anos, a Secretaria optou por "iniciar obras de readequação física e mudança no perfil". Assim como o presidente da Sindimed destacou, a Sesab justificou a mudança da unidade com a abertura de novas unidades hospitalares estaduais de grande porte em Salvador. "A Sesab propôs que a Unidade de Emergência de São Caetano, após a reforma, seja incorporada à rede de saúde da capital como uma Unidade Básica de Saúde (UBS)", disse a pasta em nota. (As informações do BN)
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