A derrota da reforma na trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, na última terça (20), abalou a relação entre o governo de Michel Temer (PMDB) e o PSDB. Partidos que apoiam o Palácio do Planalto têm pressionado o presidente a desalojar o PSDB dos ministérios a fim de evitar que a sigla decida abandonar a base aliada. Alguns dos ministros tucanos são Antônio Imbassahy (PSDB-BA), Luislinda Valois (PSDB-BA) e Bruno Araújo (PSDB-PE).
Segundo informações do blog Painel, da Folha de S. Paulo, o argumento dessas legendas é de que a debandada do PSDB é apenas uma questão de tempo. Para eles, se Temer se antecipasse, ele poderia privilegiar com mais cargos no governo às legendas que vão contribuir para barrar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) na Câmara. O voto contrário feito pelo senador Eduardo Amorim (PSDB-SE) na CAS contribuiu de maneira significativa para o placar de 10 votos a 9, favorável à oposição.
Além disso, esses partidos acreditam que o parlamentar deu um exemplo de que o PSDB mente ao afirmar que vai manter o apoio às reformas, mesmo se deixar a base aliada. De acordo com a publicação, tucanos deixaram claro que, se o governo pressionar demais, não vão pensar duas vezes antes de deixar os ministérios.
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