A CPI da JBS, criada há quase um mês, ainda não foi instalada porque PMDB e PT não indicaram seus integrantes. De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o líder peemedebista no Senado, Renan Calheiros (AL), a quem cabe apontar os nomes do partido, não demonstra pressa. O parlamentar é desafeto de Temer. O provável presidente do colegiado, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), afirmou à publicação que pediu as indicações há mais de 25 dias.
“Percebo certa indisponibilidade”, disse sobre PT e PMDB. O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), deve reunir sua bancada na segunda-feira (26) para, no dia seguinte, fazer a indicação. A criação da CPI foi articulada logo depois da delação da JBS implicar o presidente em denúncias de corrupção. Com base nos depoimentos dos donos do frigorífico, o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, instaurou inquérito para investigar Temer por corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa.
O procurador-geral da República deve oferecer nos próximos dias três denúncias contra o peemedebista. Ele foi gravado em uma conversa, que aconteceu à noite e fora da agenda oficial, na qual o empresário Joesley Batista lhe relata ter resolvido pendências com o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba. Após a fala do empresário, Temer respondeu: “Tem que manter isso, viu?”. A fala foi interpretada como um aval do peemedebista para comprar o silêncio de Cunha.
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