O governador Jaques Wagner já iniciou as negociações com o PR para preencher a vaga que o PSB ainda ocupa no primeiro escalão: a Secretaria de Turismo (Setur), cujo titular, Domingos Leonelli, deixará a pasta até o fim do ano. "Essa conversa [com o ministro dos Transportes, César Borges] está existindo, mas não tem decisão. Eles [PR] estão pleiteando isso porque não têm nenhuma secretaria, mas não tem nada decidido", disse o chefe do Executivo baiano, ao revelar que se reunirá com o partido aliado ainda neste sábado (21) para, talvez, sacramentar quem será o substituto.
Wagner recebeu esta semana em seu gabinete, na Governadoria, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos – que também postula a Presidência da República –, e revelou o conteúdo na conversa, que discutiu, entre outros assuntos, a candidatura da senadora Lídice da Mata à sua sucessão. "Claro que entrou na pauta, mas aí não tem outro caminho. Não há muito o que fazer. Eu apostei em tentar manter o PSB na base da candidatura da Dilma, portanto a Lídice estaria dentro da minha base. Foi uma aposta que eu fiz. Conversei com o Eduardo, conversei com a Lídice... Não fiz nenhum constrangimento ao PSB, porque não queria afastar, queria juntar, mas o planejamento não se concretizou.
Hoje é uma realidade a candidatura dele, portanto é uma realidade a candidatura dela", reconheceu o petista. O governador também admitiu que os socialistas – que esta semana lançaram oficialmente os nomes da senadora e da ex-magistrada Eliana Calmon como aspirantes ao Palácio de Ondina e ao Senado, respectivamente – agora são opositores ao seu projeto. "A gente vai se tratar com respeito, evidentemente, mas, conjunturalmente, até outubro de 2014, nós estamos em campos opostos. Até lá, somos adversários, até porque ninguém entra em uma campanha que não seja para ganhar. Eu vou entrar querendo ganhar com Rui [Costa], com Dilma [Rousseff] e com Otto [Alencar]; Lídice vai querer ganhar com Eduardo. Então, não tem como. Não precisa chutar canela de ninguém, mas somos adversários na eleição de 2014", reiterou. (As informações do BN)
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