quarta-feira, 28 de maio de 2014

GREVE DOS RODOVIÁRIOS CASTIGA COMÉRCIO DE SALVADOR

O comércio no centro de Salvador - avenida Sete de Setembro, rua Carlos Gomes e Baixa dos Sapateiros - foi duramente afetado na terça-feira, 27, pela greve dos rodoviários. A equipe de reportagem encontrou lojas fechadas. "Sem ônibus não tem comércio, principalmente aqui. A maioria dos compradores é das classes C e D", avaliou a comerciante Janete Soares, 47.

O prejuízo causado ao comércio ainda não pode ser mensurado de forma efetiva, mas representará uma queda nos índices esperados. Segundo explica Paulo Mota, presidente do Sindicato dos Lojistas, "estamos com muita dificuldade para manter o nível das atividades.

Já tivemos problemas em abril [com a greve da PM] e agora estamos sem ônibus. Dois em cada três consumidores usam transporte público. Com isso, já dá para se imaginar o prejuízo que teremos", reclamou o presidente do Sindilojas. Durante a tarde, o movimento nas ruas era bastante tranquilo e, em alguns pontos, se assemelhava a uma tarde de domingo.

Trabalhadores - Com a greve, há dúvidas acerca das obrigações e deveres de empregados e empregadores. De acordo com o advogado Luciano Oliveira, a legislação trabalhista não dispõe de normas para tratamento no que diz respeito as faltas ou atrasos dos empregados nesses momentos.

Para Oliveira, o importante é que haja bom senso de empregador e empregado: "O fato de não haver transporte não isenta o empregado de sofrer prejuízos salariais em caso de atraso ou de falta, mas o empregador consciente pode colocar à disposição do empregado serviço próprio de transporte para seu deslocamento ou procurar compreender sua dificuldade de se locomover". (As informações doA Tarde)

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