Segundo dados da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), um terço dos 538 juízes baianos que atuam na primeira instância não têm assessores ou servidores. Ainda conforme a entidade, o Judiciário estadual tem 1,5 milhão de processos acumulados, só no primeiro grau da jurisdição. São cerca de 2.800 processos por ano para cada juiz, aponta a Amab.
Para tentar reverter estas estatísticas e cobrar melhores condições de trabalho ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), gestor do Poder Judiciário estadual, cerca de 100 juízes de primeiro grau aprovaram ontem, em assembleia que aconteceu no Salão do Juri do Fórum Ruy Barbosa,
a criação de uma campanha de valorização da categoria.
Eles reclamam da falta de servidores, da grande demanda de processos, da precariedade do sistema informatizado, entre outros problemas estruturais. Por meio de nota, a assessoria de comunicação do TJ-BA afirma que "a presidência do tribunal, em pouco mais de três meses da nova administração, vem promovendo ações para prestar melhor serviço ao cidadão".
"A presidência considera o interesse dos juízes como um benefício para o avanço da luta em defesa de um Poder Judiciário vigoroso, pleno e fortemente vinculado aos princípios da democracia e da República, levando em alta conta o conceito de 'direitos e deveres iguais para todos'", diz trecho do texto.
De acordo com Marielza Franco, presidente da Amab, a principal crítica dos magistrados é ao "benefício" dado pelo TJ ao segundo grau. Conforme a juíza, as medidas em prol da moral adotadas pela gestão do presidente Eserval Rocha são aplaudidas pelos magistrados. "Os problemas dos quais reclamamos são os estruturais. Concordamos com as medidas moralizantes", especifica Marielza. (As informações do A Tarde)
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