O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia abriu inquérito para investigar as causas do acidente que matou o técnico coreano Kim Jong Pyo, que trabalhava nas obras do metrô de Salvador. Segundo informações não oficiais, a vítima teria sofrido um forte choque no fim da tarde desta sexta-feira (30) na área de operações do modal, onde não há obras.
Ele teria descido para a área de baterias, quando foi atingido pela carga. Segundo apuração da procuradora Carlene Guimarães, responsável pelas investigações no MPT, o técnico prestava serviços à Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), responsável pela construção, por meio de outra empresa que faz os pré-testes do metrô. Carlene afirmou que em contatos mantidos com os auditores do trabalho presentes no local, foi informada da interdição da área de operações. Ela também já solicitou o envio do relatório de inspeção para avaliar o caso, antes de intimar testemunhas.
Segundo o MPT, no início do mês, auditores fiscais do trabalho flagraram uma série de irregularidades em outra área sob responsabilidade da CCR, que resultaram na interdição do canteiro de obras. A empresa tinha informado que já havia regularizado a situação e reaberto o canteiro, onde trabalham cerca de cem operários. O acidente que vitimou o coreano, no entanto, ocorreu fora do canteiro, na área de operação do metrô, onde técnicos fazem testes preliminares para tentar pôr os trens em operação até o próximo dia 11, dia previsto para serem usados nos jogos da Copa do Mundo, em Salvador.
Nesta segunda-feira (2), às 8h, uma reunião no Acesso Norte, na Rótula do Abacaxi, continuará os trabalhados de avaliação do caso. Para o chefe do setor de Segurança e Saúde da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) da Bahia, Flávio Nunes, existem duas possibilidades para a ocorrência do acidente: falha no equipamento operado pelo trabalhador ou nos procedimentos estabelecidos pela empresa. (As informações do BN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário