No terceiro dia em que os rodoviários paralisaram as atividades, os soteropolitanos também não encontraram ônibus nas ruas na manhã desta quarta-feira (28). A cena se repetiu: pontos lotados e a população tendo de pegar micro-ônibus, mototáxis e vans do sistema alternativo para chegar ao destino.
Apesar da presença de viaturas da Polícia Militar em frente às garagens para escoltar os motoristas de ônibus que não aderiram ao movimento grevista, nenhum ônibus saiu para circular na manhã desta quarta-feira (28).
A população diverge sobre os culpados pelo problema. Para o comerciante Antônio Oliveira, a culpa era dos sindicalistas. “Eles fazem os acordos escondidos e depois querem que a categoria aceite. Eu entendo os rodoviários. O sindicato é o culpado por essa situação”, disse.
Para coordenador de qualidade Thiago Sales, os responsáveis são os rodoviários. “Entendo as necessidades da categoria, mas a reivindicação está sendo feita de maneira errada. Eles abandonaram a população na rua”, apontou. Houve quem culpasse também os órgãos públicos. “A culpa é da prefeitura, que não disponibilizou mais ônibus para nos atender”, afirmou a doméstica Aline Souza.
Em nota, a prefeitura informou que 300 ônibus do sistema complementar circularam na cidade “dentro do plano de contingência estabelecido”. A lacuna deixada pelos ônibus do sistema convencional abre margem para a intensificação de outros serviços, como taxistas, mototaxistas e transportes clandestinos.
A Justiça determinou multa de R$ 100 mil para cada dia em que menos de 70% da frota circule nos horários de pico. Ainda assim, a instituição decidiu por manter a greve. Nesta quinta, será julgado o dissídio que vai determinar os ganhos da categoria. (As informações do Correio)
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