O apoio do PP à candidatura da presidente Dilma Rousseff levou o governador Jaques Wagner a entrar pessoalmente em campo para emplacar o deputado Mario Negromonte no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Reservadamente, líderes da sigla confirmaram à coluna que a nomeação de Negromonte era parte principal do pacote para que o partido desse a Dilma sua fatia no bolo da propaganda eleitoral gratuita.
A pressão nacional veio acompanhada dos riscos de curto-circuito na chapa do candidato petista ao governo, Rui Costa, cujo vice, João Leão, é indicado pelo PP. Mesmo com as revelações das visitas de Negromonte ao escritório do doleiro Alberto Youssef, Wagner jogou a cautela de lado, defendeu abertamente o parlamentar e determinou à base aliada que afinasse o discurso e blindasse o cacique do PP na Assembleia. Deu tão certo que, ainda ontem, a presidente recebeu a adesão oficial da legenda.
Com a tropa de choque montada, a articulação política do Palácio de Ondina marchou sem dificuldades na sabatina que avalizou, ontem, o nome de Mario Negromonte para o TCM. Na mesma leva, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia aprovou, ainda, as indicações dos deputados João Bonfim (PDT) e Zezéu Ribeiro (PT) para duas vagas abertas no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Em minoria e com a frente governista afinada, a oposição só não foi completamente atropelada porque conseguiu aprovar a candidatura do deputado Carlos Gaban (DEM) para uma das vagas do TCE. O democrata obteve apoio de 17 parlamentares, o total de integrantes da sua bancada. Hoje, Gaban vai ao plenário da Assembleia para disputar os votos com Zezéu Ribeiro, franco favorito. (As informações do Correio)
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