Uma matéria publicada pela Revista Veja desta semana afirma que o ex-presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, e outros investigados receberam perguntas que seriam feitas a eles antes dos seus depoimentos na CPI da estatal. Segundo a denúncia obtida pela Veja, um vídeo mostra uma reunião entre o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e um terceiro personagem ainda desconhecido.
Neste encontro, segundo a publicação, a fraude consistia em obter dos parlamentares da CPI da Petrobras as perguntas que eles fariam aos investigados e, a partir de então, treiná-los para responder a elas. Ainda segundo a publicação, o depoimento do ex-diretor Internacional da empresa, Nestor Cerveró, era o principal motivo de apreensão do governo porque ameaçara desmentir a presidente Dilma Rousseff diante dos parlamentares. No vídeo publicado pela revista Veja, uma das falas de Barrocas insiste em saber se estava tudo certo para que chegassem às mãos de Cerveró as perguntas que lhe seriam feitas na CPI.
Outros personagens citados como peças-chave da transação são Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República; Marco Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado; e Carlos Hetzel, assessor da liderança do PT. De acordo com a denúncia, a eles coube fazer muitas das perguntas que alimentariam a cadeia de ilegalidades entre investigados e investigadores.
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