terça-feira, 26 de agosto de 2014

SENADO VAI PRIORIZAR USO MEDICINAL EM DEBATE SOBRE LIBERAÇÃO DA MACONHA

As discussão sobre a regulamentação do uso medicinal da maconha e sobre liberação do uso recreativo da planta serão separados pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (25) pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF). “Na parte medicinal, a gente não pode demorar. Quem está usando recreativamente ou está com medo de ser preso, pode se aguentar um tempo. Quem está com uma criança doente não pode esperar, por isso tem que ser urgente”, defendeu o senador. Buarque é o relator do projeto de lei que trata da legalização do plantio doméstico de maconha e de comércio em locais licenciados, mas garantiu que a separação não fará com que este tema seja arquivado.

A representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), Nara Santos, reconheceu os resultados do uso medicinal de derivados da maconha e ressaltou a importância de pesquisas sobre o assunto. “O estigma, hoje, representa uma das maiores barreiras ao acesso de pessoas que fazem uso de qualquer droga ilícita a serviço da saúde. Ideias equivocadas, associadas a desvios de caráter, estereótipos com relação à falta de força de vontade e julgamentos morais ainda são um grande obstáculo à implementação de políticas na ponta”, avaliou.

Durante a terceira audiência pública sobre o assunto, algumas mães se emocionaram ao contar a luta para conseguir liminares de uso dos medicamentos e o benefício que seus filhos tiveram após começar o tratamento. Ainda assim, alguns participantes foram contra a regulamentação da maconha para qualquer fim, mesmo o medicinal. “O que se fala hoje em remédio é um passo para destruir este país. Se maconha fosse bom, não estaríamos discutindo isso aqui. Se querem legalizar uma droga, devem procurar outros meios, não essa, forjada, tentada por meio de tratamento de saúde”, reclamou o senador Fleury (DEM-GO). (As Informações da Agência Brasil)

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