domingo, 31 de agosto de 2014

SERVIDORES DE FRONTEIRA SE UNEM EM GREVE NESTA QUARTA

A falta de pagamento de um benefício criado em 2013 pelo governo federal provocou uma união incomum entre categorias de funcionários públicos que, geralmente, são adversárias em questões corporativas e sindicais. Aproveitando o período eleitoral, servidores da Receita Federal, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal planejam um protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, para a próxima quarta-feira (3). Eles pretendem fazer uma operação padrão para provocar filas nos principais postos de fronteira do País, como Foz do Iguaçu e Uruguaiana.

Policiais e servidores da Receita reclamam que o governo não lhes paga a indenização de fronteira - benefício de R$ 91 por dia trabalhado que foi criado em setembro de 2013, mas que ainda não foi regulamentado e, por isso, não começou a ser pago. Os sindicatos acusam o governo de atrasar a regulamentação para postergar o benefício e já se organizam para cobrar o pagamento retroativo. O protesto é patrocinado por associações de categorias que costumam discordar entre si, como agentes, delegados e servidores administrativos da PF.

O sindicato dos analistas tributários e o dos auditores da Receita e a federação dos policiais rodoviários federais também estão entre os organizadores. Em nota, o Ministério do Planejamento informou que a indenização de fronteira só será paga "quando o assunto estiver regulamentado", mas que o governo não definiu um prazo para concluir a redação do decreto, ainda "em discussão". O ministério afirmou ainda que não deve haver pagamento retroativo do benefício. As pastas da Justiça e Fazenda não responderam à reportagem. (As informações do Estadão)

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