O governador Jaques Wagner recebe hoje, na Governadoria, no CAB, o primeiro relatório de atividades da Comissão Estadual da Verdade – Bahia (CEV-BA). O documento tem 300 páginas e recomenda a “reinterpretação ou mudança da Lei de Anistia”. A CEV-BA começou a trabalhar no ano passado, depois de ser empossada no mês de agosto. Foram ouvidas 69 pessoas em Salvador e Feira de Santana, entre vítimas e parentes de vítimas do período da Ditadura Militar. Durante os trabalhos, foram identificadas 538 vítimas da repressão política no estado.
Dos 426 brasileiros mortos ou desaparecidos durante o regime, que vigorou de 1964 a 1985, 32 são baianos - sendo que dez destes tombaram na Guerrilha do Araguaia. Estão sendo apuradas violações de direitos humanos ocorridas entre 1964 e 1985, a fim de responsabilizar os agentes públicos acusados de autoria de torturas e ocultação de cadáveres. O relatório tem como objetivo também somar informações às posições já externadas por organizações da sociedade civil, a exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil, no nível nacional e na Bahia.
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