Após a decisão de um tribunal brasileiro pela quebra de sigilo telefônico de um jornal, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou uma nota, nesta quarta-feira (24), na qual considerava a ação um ataque "ao sigilo das fontes, que é uma garantia essencial da liberdade de informação". A decisão foi tomada pelo juiz da 4ª Vara Federal de São José do Rio Preto (SP), Dasser Lettiere Jr, que ordenou a apreensão das gravações telefônicas do jornal Diário da Região e do jornalista Allan de Abreu. Em 2011, foram publicadas duas reportagens que denunciavam casos de corrupção na direção regional do Ministério do Trabalho. As fontes das matérias não foram reveladas pelo jornalista. Com a decisão judicial, a RSF se uniu à Associação Nacional de Jornais e à Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, que já criticavam a ação da Justiça por ferir o artigo 5 da Constituição, que protege fontes jornalísticas. Claire San Filippo, diretora da RSF na para América, afirmou que a organização "exorta as autoridades a desistir das denúncias contra Abreu".
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