quarta-feira, 29 de abril de 2015

"ELE SE DIXOU LEVAR PELA CABEÇA DE ALGUNS AMIGOS", DIZ MÃE DE BRASILEIRO EXECUTADO

De acordo com a mãe, as primeiras experiências com drogas foram aos 13 anos. Rodrigo cheirava solventes. Já morando em Curitiba, foi preso pela primeira vez aos 18 anos, por fumar maconha no Parque Barigui. Na ocasião, a própria mãe admite que subornou a polícia para que ele não ficasse preso. “Eu pensava que era muito pouco para manter o filho preso”, conta Clarisse, que está em Matinhos à espera do corpo de Gularte, que deve ser enterrado em Curitiba. Ela contou ainda que o jovem tinha uma vida de “playboy": estudou em colégios caros e com todos os recursos dados pelos pais, até carro.

Aos 20 anos, teve um filho com uma mulher mais velha. Mas o menino nasceu autista e teve pouco contato com o pai. Após alguns episódios envolvendo drogas e internações em clínicas psiquiátricas, a mãe montou um restaurante para que Rodrigo tomasse conta. Mas ele se mostrou incapaz, segundo a própria família. “Tentamos primeiro uma creperia, depois uma casa de massas. Ele não conseguia ficar nos restaurantes. Depois, tentou trabalhar na fazenda do pai. E ainda foi para Santa Catarina tentar estudar”, enumerou Clarisse.

Depois disso, Rodrigo começou a fazer tráfico internacional, levando ecstasy para a Europa. “Ele se deixou levar pela cabeça de alguns amigos. Era um rapaz bom, apesar do vício”, lamentou a mãe. Indonésia Até que, em 2004, Rodrigo Gularte decidiu levar um carregamento de cocaína para a Indonésia. Alguns amigos teriam dito que o raio X do Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, seria ruim, mas não avisaram que os japoneses haviam doado um equipamento moderno para o aeroporto principal de Jacarta, onde ele foi preso, detenção que culminou com sua execução nesta terça. (As informações do Estadão)

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