Nenhum morador da Rua Catende, na localidade da Mangueira, na Ribeira, ouviu algo estranho às 3h da manhã de ontem. Talvez por isso eles tenham demorado a perceber quando quatro homens encapuzados e armados invadiram a casa do garçom e porteiro Fabiano Santos Souza, 28 anos, no terceiro andar de um prédio sem nome e sem número.
Fabiano, que dormia com a esposa, grávida de sete meses, foi arrancado do quarto e levado até a sala, onde foi torturado por três dos suspeitos. Enquanto isso, a mulher, identificada como Scheila, ficou trancada no banheiro, sob a mira da arma de um deles.
Depois, por volta das 7h30 da manhã, o corpo de Fabiano foi encontrado embaixo de um viaduto na Baixa do Fiscal. Segundo a Polícia Civil, o garçom vestia apenas uma cueca e tinha as mãos amarradas. “Eles ainda disseram para a esposa dele não ir atrás, porque ela tentou correr quando eles foram embora. Mas, quando eles saíram, ela correu chorando e foi socorrida pelo pessoal daqui”, contou uma moradora.
Antes mesmo de ter a confirmação de que Fabiano foi a vítima que teve o corpo encontrado na Baixa do Fiscal, amigos, vizinhos e familiares da vítima fecharam as duas vias da Avenida Porto dos Mastros, na Ribeira, para protestar contra a insegurança na região.
Eles queimaram pneus e pedaços de madeira, enquanto seguravam cartazes com o nome de Fabiano. Além disso, durante a manifestação, cinco ônibus foram atravessados na Rua Visconde de Caravelas, vizinha a Avenida Porto dos Mastros. Pelo menos dois coletivos foram apedrejados. (As informações do Correio)
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