Autor da representação no Conselho de Ética contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o PSOL quer que o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleça claramente os limites impostos ao peemedebista em função de seu afastamento. "Queremos saber exatamente o que quer dizer a suspensão dele", disse o deputado Ivan Valente (PSOL-RJ).
A ideia de pedir que o Supremo estabeleça claramente os limites de atuação de Cunha após o afastamento foi tomada depois que o peemedebista afirmou, ontem, que pretende voltar a frequentar a Câmara. Na ocasião, ele argumentou que o Supremo lhe retirou as prerrogativas do mandato, mas não o mandato e, por isso, não estaria proibido de frequentar a Câmara.
"O Supremo suspendeu o mandato dele porque ele estava conspirando e influenciando negativamente o trabalho da Casa. Se ele voltar a frequentar a Câmara, vai continuar conspirando. Daqui a pouco ele vai conspirar na presidência", disse Ivan Valente. Segundo o deputado, Cunha é "desafiante, arrogante, prepotente e sem limites". Para Valente, se o peemedebista decidir voltar a frequentar a Câmara pode provocar uma reação mais drástica do Supremo, como a decretação de sua prisão. "Ele não deve ter medo de ser preso", disse.
Hoje, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Cunha disse que vai consultar os advogados e que "poderia" frequentar a Câmara, mas não pretende trabalhar porque isso seria "uma afronta à decisão do Supremo". Apesar de afastado, o peemedebista mantém o gabinete parlamentar funcionando, assim como outras prerrogativas, como carro reserva da presidência, salário integral, segurança da Polícia Legislativa e uso da residência oficial da Câmara. (As informações do Estadão)
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