O ex-presidente da Câmara e deputado afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), optou por uma saída discreta da residência oficial em Brasília. O peemedebista está utilizando carros e não caminhões para, aos poucos, fazer sua mudança. Ele avisou que deixará a residência até a próxima quarta-feira (27). Cunha havia informado à direção da Câmara que deixaria o local até o final desta semana, mas decidiu fazer uma mudança que não chamasse a atenção da imprensa. As chaves do apartamento funcional foram liberadas nesta quinta (21), logo que a Mesa Diretora autorizou o deputado afastado a ocupar um imóvel destinado aos parlamentares no exercício do mandato.
Antes de embarcar para o Rio de Janeiro, na quinta, Cunha deixou a mudança pronta em caixas. Como a maior parte do mobiliário da residência oficial pertence à Câmara, o ex-presidente tem apenas objetos pessoais para transportar e as peças de decoração compradas por sua esposa Cláudia Cruz, como os tapetes persas e os candelabros adquiridos recentemente em um shopping de Brasília. O apartamento funcional na Asa Sul também recebeu pequenos reparos para abrigar a família Cunha. O imóvel antigo foi pintado, os tacos que estavam soltos foram consertados e o tampo de uma mesa foi trocado. Segundo pessoas que tiveram acesso ao novo endereço do peemedebista em Brasília, o deputado atendeu ao pedido da esposa e mandou providenciar a instalação de cinco aparelhos de ar condicionado no apartamento.
Os aparelhos serão pagos pelo deputado. O peemedebista vai ocupar o imóvel faltando poucas semanas para o plenário da Câmara votar o pedido de cassação de seu mandato. A Mesa Diretora autorizou o uso de um apartamento funcional para que a residência oficial fosse liberada o quanto antes para o novo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). A permanência de Cunha na residência oficial vinha incomodando a cúpula da Câmara. Sem o espaço, Maia tem feito reuniões em seu gabinete ou nos apartamentos cedidos pelos colegas. A residência da Câmara não serve apenas de moradia do presidente, mas de espaço de encontros políticos e recepções oficiais. (As informações do Estadão)
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