O número de transplantes realizados na Bahia registrou um crescimento de 40%, nos sete primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2015, segundo dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) nesta semana. Conforme as informações da Sesab, de janeiro a julho de 2016, 317 procedimentos de transplantes ocorreram nas instituições de saúde de Bahia. No mesmo período de 2015, as intervenções cirúrgicas chegaram a somar 225 transplantes.
Embora a quantidade de transplantes tenha crescido, a taxa de recusa familiar pela doação dos órgãos está na casa de 63%, dado superior à média nacional, que é de 56%, de acordo com as informações fornecidas pela Sesab. Os dados vieram a público cerca de duas semanas depois de a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) divulgar pesquisa que aponta aumento na taxa de doadores, que subiu de 5,4 para 7,5 por cada milhão de habitantes no estado, no primeiro semestre deste ano, ante igual período de 2015.
Investimento - Para a coordenadora da Central de Transplantes da Sesab, América Sodré, o aumento dos transplantes, bem como o da taxa de doadores, é fruto do investimento feito pelo governo estadual, tendo como resultado a ampliação das equipes médicas e de hospitais transplantadores. "Houve uma ampliação das equipes e instituições cadastradas como transplantadoras, a exemplo da Santa Casa de Feira de Santana", informou Sodré. "Colaborou para isso, também, o incentivo do estado com o aumento dos repasses a instituições e equipes médicas", acrescentou.
A coordenadora avalia, ainda, que o aumento dos transplantes veio acompanhado da melhoria da qualidade dos doadores de órgãos: "Por exemplo, com doadores mais jovens, o que favoreceu o melhor aproveitamento dos órgãos".
Fila de espera - O levantamento da ABTO apontou haver 1.837 pacientes ativos (aptos a fazer um transplante imediatamente) na fila de espera na Bahia. O número sobe para 2.306, considerando os pacientes inativos, que estão impedidos de fazer o transplante devido à condição clínica.
Do total, 1.205 pacientes esperam transplante de córnea; outros 1.031, doadores de rim; e 70, de fígado, segundo os dados divulgados pela Sesab para o primeiro semestre deste ano. Em relação à quantidade dos que morrem na fila de espera, os dados da ABTO são conflitantes com os da Sesab. A associação aponta que, no primeiro semestre deste ano, 254 pessoas morreram sem conseguir o transplante, enquanto a secretaria calcula 20 óbitos. (As informações do A TARDE)
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