Marcelo Calero deixou o cargo de ministro da Cultura por conta de uma desavença grave com o ministro da secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, segundo informação de O Globo. Calero conversou com o presidente Michel Temer na quinta-feira (17) explicando que tinha dificuldades em seguir à frente da pasta e iria se demitir. Temer pediu que ele reconsiderasse, mas hoje o ministro resolveu realmente deixar a pasta.
Calero avisou Temer de sua decisão hoje à tarde, por telefone, salientando que era irrevogável. O Palácio do Planalto confirmou horas depois que Roberto Freire (PPS-SP) será o novo ministro da Cultura. "Para você pode não ter sido uma surpresa, mas fiquei impactado (com convite). É preciso calma nessa hora. Não falei com o presidente ainda. Mas aceitei o convite porque é responsabilidade nossa, nós que participamos do impeachment (de Dilma Rousseff), contribuir com esse governo, fruto de nossa ação no Congresso", afirmou Freire.
Calero assumiu o Ministério da Cultura em maio, depois da pasta ter sido exinta e vinculada à Educação. Logo, no entanto, Temer voltou atrás e a pasta voltou a ter autonomia. Em junho, o ministro se envolveu em polêmica ao criticar os responsáveis por "Aquarius", que protestaram contra o impeachment de Dilma durante o festival de Cannes. “Eu acho muito ruim. Como qualquer manifestação, tem que ser respeitada, isso está fora de questionamento. Agora, acho ruim, em nome de um posicionamento político pessoal, causar prejuízos à reputação e à imagem do Brasil”, disse na época.
Atriz do filme, Sônia Braga publicou uma resposta. “Como pode um ministro dizer que um ato democrático como o nosso é a representação de um País inteiro?”, indagou Sônia. “Isso é desconhecimento do que significa plena democracia. Se estivéssemos falando em nome de todos não precisaríamos, evidentemente, fazer o ato. Uma coisa é certa: estamos juntos.
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