sexta-feira, 4 de novembro de 2016

TEMER DISCUTE REPARAÇÃO DA TRAGÉDIA DE MARIANA COM GOVERNOS E MINERADORA

Às vésperas de a tragédia ambiental de Mariana (MG) completar um ano, o presidente Michel Temer se reuniu na quinta-feira (3) com os envolvidos no rompimento da barragem da mineradora Samarco, no dia 5 de novembro de 2015. O encontro, no Palácio do Planalto, teve a participação da empresa e dos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, que fecharam um acordo para reparar os danos, cuja homologação foi anulada em agosto.

Temer pretende ouvir as partes sobre o andamento das ações de recuperação das áreas atingidas e discutir medidas que estão sendo tomadas para prevenir novos carreamentos da lama e rejeitos que estão dispersos pela região. Considerada a maior tragédia ambiental do país, o rompimento da barragem no distrito de Bento Rodrigues causou danos socioambientais e espalhou rejeitos como óxido de ferro e sílica por 600 quilômetros do Rio Doce e seus afluentes até chegar ao litoral do Espírito Santo.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que as obras emergenciais para conter a lama de rejeitos durante o período das chuvas na região estão atrasadas.

Com a mediação do governo federal, o acordo assinado em março deste ano para reparar os danos previa investimentos, por parte da mineradora, de cerca de R$ 20 bilhões ao longo de 15 anos. O acordo chegou a ser homologado judicialmente, mas anulado posteriormente atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que estima em R$ 155 bilhões os prejuízos. A validade do acordo será analisada novamente pela Justiça Federal, mas os envolvidos afirmam que seus termos continuam sendo cumpridos, entre eles o funcionamento do Comitê Interfederativo, composto por representantes de diversos órgãos do governo federal, dos governos de Minas Gerais e Espírito Santo e dos municípios atingidos.

Participam da reunião desta quinta-feira representantes da Samarco e de suas acionistas Vale e BHP, do Ibama e da Advocacia-Geral da União (AGU), e os ministros do Meio Ambiente, Sarney Filho; de Minas e Energia; Fernando Coelho Filho; e da Integração Nacional, Helder Barbalho. (As informações do Estadão)

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