O encontro de radialistas com o governador Jaques Wagner, ocorrido no Hotel Fiesta na manhã desta terça-feira (27), teve contornos de início do clima eleitoral propriamente dito. Ao falar da atividade de radialismo e também da atuação da imprensa no estado, Wagner mandou um “recado” que pareceu endereçado ao Grupo Metrólope, de Mário Kértesz, virtual candidato do PMDB à Prefeitura de Salvador este ano.
Wagner transcorria sobre a naturalidade das orientações econômicas e políticas de veículos de imprensa, e comentou que não fazia sentido se um determinado veículo se dedicasse unicamente a “bater” no governo. Segundo ele, isto deixaria de ser jornalismo e passa a ser posicionamento ideológico, o que seria danoso à democracia. “Mesmo assim, nós agimos de maneira absolutamente igual com os veículos. Não promovemos nenhuma campanha de perseguição retirando verbas”.
Quem estava na plateia do encontro percebeu que o governador falava do caso da Metrópole, cujo âncora vem constantemente protestando da “mixaria” que o governo destina aos anúncios na rádio. Ao mesmo tempo, alinhou seu enfoque editorial claramente como oposição da gestão Wagner, denunciando uma série de supostas irregularidades.
Recentemente, a gestão petista anunciava na rádio, mas, segundo Mário Kertész, o anúncio foi retirado sumariamente como uma espécie de retaliação ao posicionamento do grupo em relação ao governo. Além disto, o radialista tem contestado quase que diariamente o critério e a transparência da distribuição de verbas de publicidade oficiais por parte do Palácio de Ondina. Nesta quarta, o líder do governo da Assembleia Legislativa foi vítima dos questionamentos de Kertész e passou por uma situação delicada no ar. (As informações do Política Hoje)
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