Missão número um será fechar as torneiras. O prefeito eleito de Salvador, ACM Neto (DEM), convocou a imprensa para sua casa, um dia após o resultado nas urnas, para antecipar as primeiras medidas a serem tomadas no Palácio Thomé de Souza a partir de janeiro: reduzir a quantidade de cargos comissionados - geralmente, dados a apadrinhados políticos - em toda as secretarias e órgãos da prefeitura e cortar “serviços de terceiros e pagamentos a pessoas jurídicas”.
A meta dos cortes será reduzir em 20% a despesa da prefeitura com custeio. Segundo Neto, a contenção de despesas é que permitirá o financiamento do que chamou, na campanha eleitoral, de “choque de ordem”: medidas emergenciais, como tapar buracos, melhorar a iluminação pública e colocar postos de saúde para funcionar.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplag), as despesas com custeio estão, atualmente, em R$ 3,4 bilhões ao ano. A economia pretendida, então, fica na ordem de R$ 692 milhões. “Temos que tomar medidas duras no início para viabilizar a cidade. Fazer sobrar dinheiro para atuar nas coisas que são urgentes”, disse o prefeito eleito.
Embora mantenha mistério sobre nomes para a futura administração e integrantes da equipe de transição, o prefeito eleito falou abertamente sobre um cardápio de assuntos típico de quem saiu das urnas vitorioso. Com voz rouca, por causa da comemoração, que só foi terminar às 3h30 da madrugada de ontem, Neto acordou às 10h e desde então não parou de falar. Durante a entrevista de meia hora, o telefone não parou de tocar. “A eleição acabou, mas não tem descanso”, afirmou. (As informaçõesdo Correio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário